quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

SEFER SHEMOT – Parashat Shemot (Nomes)

Parashat Shemot (Nomes)

A primeira parashá do segundo livro da Torá elenca os nomes dos filhos de Israel que chegam ao Egito. Imediatamente nossos sábios se põe a questionar o motivo de a Torá usar uma linguagem no presente para registrar esta chegada. A principal resposta que apresentam é que esta linguagem nos da a entender que durante todo o tempo que nossos antepassados viveram no Egito, eles mantiveram os conhecimentos obtidos através dos ensinamentos de seus pais e não se deixaram influenciar negativamente pelas tradições idolatras comuns ali. Estes conhecimentos lhes conferiram o respeito do povo egípcio até tal ponto que fez com que Yaakov e posteriormente seu filho Yossef pedissem para após sua morte, serem enterrados fora do Egito, para que não viessem a ser objeto de idolatria dos egípcios, vez que contribuíram para o crescimento da pátria das piramides nos anos da extrema fome.
Infelizmente, após algumas gerações de tranquilidade e prosperidade dos filhos de Israel, a inveja egípcia fez com que se criasse um ambiente hostil em relação aos estrangeiros e até mesmo a importância de Yossef é removida da memória do povo que passa a oprimir seus descendentes, com medo de perder espaço e poder para os mesmos. Os magos do Faraó lhe revelam o nascimento de um menino que acabará por libertar o seu povo da opressão egípcia. O líder imediatamente institui uma lei obrigando as parteiras a jogarem os meninos recém nascidos hebreus no rio afim de impedir que a profecia se realize. Contudo, pelas mãos de sua própria filha um menino hebreu é salvo e ela o chama de Moshé, que significa retirado das águas. Ele cresce dentro do palácio real e passa a se compadecer da causa de seu povo, agora escravo no Egito. Depois de salvar um escravo oprimido do chicote de um soldado egípcio, Moshe foge para Midian, onde conhece sua futura esposa e posteriormente é contactado por Deus no monte Sinai, por meio da revelação Divina no arbusto em chamas que não se consumia pelo fogo. Ali mesmo lhe é ordenado que retorne ao Egito para pleitear junto ao Faraó a libertação de seu povo oprimido e efetivamente conduzi-los a terra que fora prometida a seus ancestrais.

Depois de estudarmos em Bereshit o desenvolvimento de nossa identidade espiritual pelos precursores da mesma e a forma como lidavam com seus erros e aprenderam com eles a evoluir sua consciência, afim de não mais repeti-los. Após a calmaria vivida e o falecimento de Yossef, o povo prosperou pela sua união a tal ponto de fazer o Egito teme-los pela força de sua reunião e invejar esta condição. Devemos prestar atenção mais uma vez no fato de a inveja causar o mal ao povo, vindo a tornar-se motivo da opressão egípcia e posteriormente também da salvação Divina pelas mãos do maior e mais humilde profeta que tivemos, Moshe.
Deus nos permita viver esta humildade profunda e sincera que sempre revelou a verdadeira grandeza de nosso mestre Moshe e que nos protege de sentir inveja e contaminar nossa alma com o mal.

Shabat Shalom Umevorách!

Sami Cytman

Leilui Nishmát (pela elevação espiritual de): Rabi Yaakov ben David, Brucha bat Nuchem Z”L, Yochevet bat Chaim Z”L, Michael ben Moshe Z”L, Fichl ben Shmuel Michael Hacohen Z”L.

Estudo dedicado ao pedido de Refuá Shlemá (cura completa) de: Moshe Savoia ben Shulamit, Eliezer Savoia ben Shulamit, Shlomo ben Noach, Shlomo ben Tzipora, Ahuva bat Guetzel, Sima bat Tzipora, Sara bat Miriam, Yakov Oren ben Avraham e todos os enfermos que vierem ao pensamento de quem ler esta mensagem.


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